OCUPAÇÕES ESCOLARES
As ocupações escolares vieram como resposta a, até então, PEC 241 (posteriormente chamada de PEC 55 e hoje de PEC dos Gastos Públicos), e por mais respeito aos estudantes, sendo assim, trouxeram esperança de um novo tempo com a intervenção da sociedade nas questões públicas através das ocupações, não vista em grande escala dessa forma desde as jornadas de 2013.
Mesmo sendo um direito garantido pela Constituição, esses estudantes sofreram duras criticas, sendo elas materiais e subjetivas: sofreram perseguição política, ameaças de reprovação e expulsão punições, agressões fisicas e psicologicas, difamações.. enquanto esses estudantes apenas estavam exercendo o direito de exercício de liberdade de expressão deles contra as atitudes governamentais, estavam protestando e mostrando insatisfação com o que queriam fazer com o futuro deles.
Tendo em vista a importância do movimento, nós do NAJUP, procuramos copilar todas as escolas da cidade do Rio de Janeiro, fazendo um estudo com o levantamento das demandas, denúncias, acordos, características e sobre as violações que eles tiveram sobre esse direito, através do estudo de páginas no facebook bem como estudo do processo feito pela Defensoria Pública.
Com base nesse estudo procuramos entender como se deu as ocupações escolares, como elas impactaram as decisões politicas, suas características lembrando da conjuntura do momento e também, suas heranças no fazer político.
O acompanhamento da Associação do Mercado Popular de botafogo se deu início no primeiro semestre de 2015, entre maio e junho após a subprefeitura da Zona Sul ameaçar a retirada das barracas na área do metrô, utilizando argumentos de origem estética para a retirada, claramente uma higienização do espaço para a realização das Olimpíadas.
Numa tentativa de garantir a permanência desses trabalhadores e seu direito de uso do espaço público, os próprios tiveram a iniciativa de organizar uma Associação e foi nesse sentido de assessoramento da construção da Associação do Mercado Popular de Botafogo que se deu o trabalho do NAJUP CRDH Amarildo de Souza.
Após reuniões tanto na praça em frente ao metrô de botafogo quanto na própria universidade, a Associação foi formada com estatuto e diretoria a fim de pleitear sua permanência frente a subprefeitura.
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Utilizando os modelos de Mercados Populares já existentes, como o da Rocinha e da Uruguaiana, foi pedida uma audiência pública na Câmara dos Vereadores onde tentou-se passar uma lei garantindo o Mercado Popular de Botafogo.
Após muita negociação, foi firmado acordo entre a Associação e a Subprefeitura da Zona Sul que garantiu a permanência dos trabalhadores, regularizando sua situação e reformando seus estabelecimentos.